21 de julho de 2014

a espuma do meu café # 4

E as crianças (umas mais do que outras…) continuam a fazer das delas toooodos-os-santos-dias! Não descansam, caramba!!
Nós, vítimas mães experientes e calejadas, até achamos que já vimos de tudo, mas realmente, conseguem sempre passar-nos a perna, de uma forma ou de outra…
O meu filhote, desta vez, tentou surpreender-me (e bem que conseguiu) com uma prenda muuuuuuito sui generis, na verdadeira aceção das palavras…
Ora, o pequerrucho foi à praia com os avós e, quando viu os pescadores com as suas grandes redes de pesca, recheadíssimas, portanto, solidário e com a melhor das intenções, lembrou-se de tirar um peixe vivo da rede e… trazer-mo como presente!
[Estou aqui a pensar com os meus botões; havia um ror de coisas que me poderia ter trazido: uma concha-bonita, um búzio-giro, uma pedrinha-fofa, sei lá!, mas não, tinha, porque tinha, de me trazer um peixe verdadeiro (qualquer dia abro um jardim zoológico em casa!!)!]
Claro que a criança fez de tudo para que o animal sobrevivesse, mas o pobre bicho não resistiu a uma criança de 8 anos (já vou ter a Sociedade Defensora dos Animais à perna)!
Agora, sapitos, imaginem as minhas trombas, ao final do dia, quando a criança me deu a prendinha, bem embrulhada num guardanapo…
Ai! Que lindo! Lembraste-te da mamã! – foram as minhas últimas palavras, antes de abrir o raio do guardanapo e ter aquela visão dantesca do peixe, já sem vida, assim, estendido, e com um ar sofredor, a olhar para mim (acho que vou sonhar com isto durante meses)…
Perante a minha expressão de puro terror, a criança sentiu-se triste e ofendida (pois pensava que estava a fazer uma grande coisa), e tive de a convencer que era uma prenda muito especial, aquele peixe, morto, ali, no guardanapo… que ia ser o meu almoço de hoje e tudo (sim, aquele peixito minúsculo, enfezadito, 3 palmos de gente, com cerca de 5 cm de comprimento por 1 cm de largura, se tanto!, ia servir para uma refeição inteirinha)!!
Hoje, ao telefone, o filhote perguntou-me, em pulgas, se o peixe estava saboroso.
Eu disse que sim, que era pena ser tão pequenino, mas que o tinha assado no forno, com batatinhas, e estava DIVINO…
o peixe!!

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